sábado, 29 de outubro de 2011

Há 10 anos o Rio dos Cóchos passa por um processo de recuperação. Exemplo de união.


Após a exploração do carvão, na cidade de Januária, no Norte de Minas Gerais - tema do programa exibido neste sábado no Globo Ecologia - o Rio dos Cóchos foi secando. Da década de 80 até o início dos anos 2000, os produtores rurais da região foram percebendo este fato, que começou a atrapalhar a produção local às margens do rio. Atualmente, diversas ações são feitas para a recuperação do rio, paralelamente com a criação de alternativas de geração de renda para os trabalhadores da cidade.
Em1994, os próprios agricultores pediram assistência à Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural) para fazer um diagnóstico do rio. Com o estudo na mão, a Emater fez um projeto de recuperação, mas não tinha apoio financeiro para colocá-lo em prática.
Em 2001, os produtores e a Emater fizeram parceria com a Cáritas Diocesana da cidade e com uma instituição católica alemã. O projeto, que tem duração de três anos e pode ser renovado ao final, faz um trabalho de capacitação e mobilização dos agricultores das comunidades para a recuperação do Rio dos Cóchos.
Jaci Borges de Souza, produtor rural e presidente da Assusbac (Associação dos Usuários da Sub-bacia do Rio dos Cóchos), associação que mobiliza outros projetos para dar sequência ao que é feito no rio, conta que a cada três anos eles fazem uma avaliação do que já foi feito e tentam uma nova aprovação para o próximo triênio, caso que acontece agora. “Estamos na expectativa de aprovação. O contrato venceu este mês. Em relação ao rio propriamente dito, tivemos muitos avanços nos seguintes aspectos: no início houve muita resistência para isolar a margem do rio, e embora não tenhamos conseguido isolar toda a margem, conseguimos fazê-lo parcialmente. Atualmente boa parte dos produtores, que antes discordava deste processo, concorda”, diz Jaci.
Entre as ações de conscientização estão visitas a outras regiões, onde projetos de recuperação similares foram feitos e deram resultados. Além disso, o projeto se preocupa em buscar alternativas de geração de renda para os trabalhadores que têm que aguardar o processo de recuperação do rio. Entre as atividades oferecidas, extrativismo de pequi, cagaita, panã e maracujá do cerrado. “Inicialmente eles ainda estão trabalhando com o pequi, mas há parcerias com universidades que fazem pesquisas com os outros frutos para explorá-los de forma sustentável”, explica Jaci. Outras alternativas de geração de renda como a apicultura e a criação de pequenos animais, como caprinos, também são incentivadas pelo programa apoiado pela Cáritas.
Dentre as medidas utilizadas para recuperar o rio estão a criação de tecnologias de contenção de enxurradas, chamadas barraginhas, que são bacias colocadas nos declives com intuito de acumular água para infiltrar no solo, melhorando as condições de plantio. A diminuição da utilização do fogo também tem contribuído para a melhoria das nascentes. “Antes, quando chovia, a população sofria com enchentes. Hoje ela chega de forma gradativa e limpa. É claro que ainda não está 100%. Desde a época do diagnóstico, sabíamos que teríamos ações a curto e longo prazos”, diz Jaci. A próxima etapa do projeto é construir uma nova unidade de beneficiamento de frutos de quintais, onde os produtores possam processar frutos como mangas e goiabas. “Aqui na região, 80% da safra de manga não é aproveitada por falta de estrutura para armazenar e processar o produto”, explica.
O projeto ainda tem problemas com a questão da manutenção de estradas que dão acesso à comunidade. “Quando chove, a máquina tira a terra de um local e tapa os buracos provocados pela chuva. Ainda estamos na luta para tentar adequar a manutenção de estradas”, explica.

No clima da Caatinga.


Este é um belo CLIP de apresentação do projeto "NO CLIMA DA CAATINGA"
Execução: Associação Caatinga- Patrocínio: PETROBRAS AMBIENTAL
Fotos: Acervo da Associação Caatinga - Música: CHOVER- Cordel do Fogo Encantado - Produção do CLIP: CLAREAR Imagens. Um justa homenagem ao bioma caatinga. Único no mundo.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

I Conferência Regional de Desenvolvimento Sustentável do Bioma Caatinga - Preparação de Pernambuco‏

Estas são as propostas do Governo de Pernambuco para o Bioma Caatinga, que servirão de base para o debate com os segmentos envolvidos com este bioma e elaboração do documento a ser aprovado na pré-conferência estadual e apresentado na I conferência Regional de Desenvolvimento Sustentável do Bioma Caatinga - A Caatinga na Rio+20, em Fortaleza.

Aguardamos sugestões de inclusão e alterações neste documento até o final do dia 28/10/2011.

Como informamos anteriormente o CERBCAA/PE, decidiu em sua última reunião participar do comitê executivo estadual que está sendo liderado pelo BNB e o CERBCAA/PE está representado pelo William Jansen.

Antes da pré-conferência estadual realizaremos uma reunião do CERBCAA/PE para validação do documento a ser apresentado na pré-conferência estadual.

Saudações Caatingueiras,

Elcio Barros
Coordenador do CERBCAA/PE

sábado, 22 de outubro de 2011

O Veneno Está na Mesa - Assista ao filme completo.




Sinopse

O Brasil é o país do mundo que mais consome agrotóxicos: 5,2 litros/ano por habitante. Muitos desses herbicidas, fungicidas e pesticidas que consumimos estão proibidos em quase todo mundo pelo risco que representam à saúde pública.
O perigo é tanto para os trabalhadores, que manipulam os venenos, quanto para os cidadãos, que consumem os produtos agrícolas. Só quem lucra são as transnacionais que fabricam os agrotóxicos. A idéia do filme é mostrar à população como estamos nos alimentando mal e perigosamente, por conta de um modelo agrário perverso, baseado no agronegócio.
Silvio Tendler é um especialista em documentar a história brasileira. Já o fez a partir de João Goulart, Juscelino Kubitschek, Carlos Mariguela, Milton Santos, Glauber Rocha e outros nomes importantes. Em seu último documentário, Silvio não define nenhum personagem em particular, mas dá o alerta para uma grave questão que atualmente afeta a vida e a saúde dos brasileiros: o envenenamento a partir dos alimentos.
Em O VENENO ESTÁ NA MESA, lançado no Rio de Janeiro, o documentarista mostra que o Brasil está envenenando diariamente sua população a partir do uso abusivo de agrotóxicos nos alimentos. Em um ranking para se envergonhar, o brasileiro é o que mais consome agrotóxico em todo o mundo, sendo 5,2 litros a cada ano por habitante. As consequências, como mostra o documentário, são desastrosas.
(Fonte: Jornal BRASIL DE FATO - Aline Scarso, da Redação)

domingo, 16 de outubro de 2011

Na caatinga do Ceará vamos conhecer a Reserva Natural Serra das Almas.


A Reserva Natural Serra das Almas é uma reserva particular de patrimônio natural brasileira.
Localizada a 54km do centro do município de Crateús, a reserva têm três extensas trilhas: Arapucas (6km), Lajeiros (1,5 km) e Macacos (2 km). Todas levam à caatinga, mata que guarda mais de 350 espécies de plantas, 57 de répteis e anfíbios, 173 de aves e 38 de mamíferos.
Aberta à visitação, a reserva é administrada pela ONG Associação Caatinga, cujo maior patrocinador é a empresa americana SC Johnson, fabricante de ceras.
Uma das plantas mais comuns é a gameleira, que impressiona os visitantes por abraçar e segurar uma imensa rocha. Na metade da caminhada, uma parada para se refrescar em uma gruta. Tem, ainda, a Casa de Farinha – com mais de 100 anos, é muito usada para piqueniques.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Como criar uma Unidade de Conservação.

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Conservação só no papel
SÃO PAULO - O Brasil tem atualmente 310 Unidades de Conservação (UC), que ocupam hoje 75 milhões de hectares, o equivalente a 8,5% do território nacional. Só nos últimos três anos, 6,168 milhões de hectares foram declarados como UC, dos quais 5,8 milhões estão na área da Amazônia Legal. Rômulo Mello, presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, admite que o controle dessas áreas, criadas para preservar a biodiversidade, é difícil e requer tempo de implementação.

— O tempo de assinar um decreto e o tempo de implementar uma Unidade de Conservação são muito diferentes — diz Mello, acrescentando que o ICMBio foi criado apenas em 2007 justamente com o objetivo de implantar efetivamente os diferentes modelos de conservação.

Há dois tipos de unidades. As protegidas não podem ser exploradas e devem ser usadas para ecoturismo, pesquisa e educação ambiental. Nas demais, é possível explorar a natureza, mas de forma controlada, em pequena quantidade. ê esse controle que ainda é incipiente no país, conforme demonstram os números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

— Precisamos de fiscalização mais intensa, implementar planos de manejo e promover a regularização fundiária — afirma Mello.

Nos últimos três anos, o Instituto Chico Mendes elaborou 60 planos de manejo, e outros cem estão sendo construídos, afirma ele.

De acordo com Mello, justamente por serem criadas por decreto, quando o instituto chega ao local das Unidades de Conservação constata que já há ali uma ocupação, seja por grileiros, grandes fazendeiros ou simplesmente comunidades que moram no local há anos.

A saída, acrescenta, é promover a regularização fundiária dessas áreas, o que nem sempre ocorre. Um dos exemplos de área de conflito é a Reserva Biológica do Gurupi, no Maranhão, onde uma força-tarefa de 170 pessoas, incluindo Ibama e Força Nacional, está agindo para impedir o trabalho de madeireiras ilegais.

— A reserva se sobrepõe à área indígena, e ainda há de posseiros a grandes fazendeiros. Em áreas como essa, o nível de implementação é muito difícil — diz Mello.

Ele admite problemas também na Reserva Extrativista Chico Mendes. Segundo Mello, parte da reserva foi ocupada por criadores de gado. Por isso, foi criado um grupo de trabalho, envolvendo os seringueiros, para discutir a nova ocupação.

— Não vai ser num estalar de dedos que vamos sair de um passivo ambiental elevado. Mas garanto que, para preservar, mesmo com todos os problemas, é melhor criar uma Unidade de Conservação do que não criar. Sem elas, a situação seria muito pior — afirma.
(Fonte: Da Agência Globo).

terça-feira, 11 de outubro de 2011

FNMA seleciona projetos para eficiência energética na Caatinga

Ernesto de Souza


Objetivo é a promoção do manejo florestal comunitário e familiar sustentável

por Globo Rural On-line

O Fundo Nacional de Meio Ambiente (FNMA) recebeu sete projetos no tema eficiência energética e fortalecimento do manejo florestal na Caatinga. Os projetos visam à promoção de manejo florestal comunitário e familiar para a oferta de lenha de origem sustentável, eficiência energética na produção de insumos para a construção civil e difusão de tecnologias de construção de fogões mais eficientes em unidades residenciais.
Os sete projetos passarão por etapas de habilitação e avaliação técnica. O resultado final da seleção deverá ser publicado em novembro. Os recursos destinados às ações na Caatinga são do Fundo Socioambiental da Caixa Econômica Federal, parceiro do FNMA nessa iniciativa. Serão investidos R$ 6 milhões nas três regiões em que as ações serão desenvolvidas: Baixo Jaguaribe no Ceará, Chapada do Araripe em Pernambuco, Piauí e Ceará e Mesoregião do Xingó, abrangendo os estados de Alagoas, Sergipe, Pernambuco e Bahia.
Como os pólos do gesso e da cerâmica são importantes para a economia local do Nordeste, a proposta é que a lenha utilizada nessas atividades produtivas seja manejada de forma sustentável para que não falte.
O Termo de Referência Eficiência "Energética e Uso Sustentável da Caatinga" parte da premissa que, considerando que quase a metade do bioma já foi desmatado, é fundamental tornar mais eficiente o uso da lenha e, portanto, diminuir seu consumo. Além disso, é necessário prover lenha de origem sustentável para que efetivamente este recurso seja renovável.

sábado, 8 de outubro de 2011

Escolas de Juazeiro estimulam alunos a cuidar da caatinga.


Tipo de vegetação só existe no Nordeste brasileiro. Gestos simples adotados no dia a dia podem ajudar à preservação ambiental.

A Universidade Federal Rural de Pernambuco e o Comitê Estadual celebram o Dia Nacional da Caatinga

Marcelo, Suassuna, Rita, Ednilza e Márcio (CERBCAA/PE) João Suassuna (Fundaj) Márcia Vanusa (UFPE) Francis Lacerda (IPA) e Jo...