quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Ceará quer dar exemplo e criar lei de convivência com o semiárido.

A luta pela água ainda constitui um desafio no semiárido nordestino
A luta pela água ainda constitui um desafio no semiárido nordestino
(Foto: Rodrigo Carvalho)

Durante mais de 100 anos, o semiárido foi visto como a terra do atraso e da seca. Hoje, vive um novo momento.

Conviver com a adversidade parece ser a sina da população que habita o semiárido nordestino, que realiza uma queda de braço com um dos principais infortúnios da região: a seca, cujos primeiros registros datam da colonização do Brasil, em 1534. O estigma do semiárido como a terra do atraso permanece por mais de um século. Só a partir dos anos 1990 essa realidade começa a ser transformada.
A criação de uma política de convivência com o semiárido, como propõe Eudoro Santana, secretário executivo de Altos Estudos da Assembleia Legislativa do Ceará, representa uma luz no fim do túnel, no sentido de reverter o quadro de desigualdade entre o semiárido cearense e as demais regiões do Estado.
O primeiro passo seria a criação do "Pacto pela convivência com o semiárido cearense", a partir do documento "Bases para a formulação de uma política estadual de convivência com o semiárido cearense, fruto de dois anos de pesquisa. Caso seja efetivada, "o Ceará vai dar um exemplo como fez com a água", festeja Eudoro Santana, ressaltando que mesmo sendo responsabilidade do governo federal, até hoje, não deu uma resposta. "Essa nova cultura que está sendo construída deve ser consolidada com uma política", reforça.
Assim, enquanto não vem a política nacional para o semiárido, o Ceará se antecipa, diz com entusiasmo. O estudo funciona como um desdobramento do Pacto das Águas, que constitui um dos 34 programas que compõem o Plano estratégico de convivência com o semiárido.

Mudanças climáticas

Hoje, no contexto das mudanças climáticas, a discussão em torno das regiões semiáridas - que compreendem 40% do território global, concentram 30% da população e mais da metade da pobreza do mundo - torna-se urgente, já que serão das áreas mais afetadas com o aquecimento global, pondo em risco desde a migração até o desaparecimento de espécies vegetais e animais, além da segurança alimentar dos seus habitantes.
Há projeções de que a temperatura na região fique ainda mais elevada, sendo a África um dos continentes mais afetados. No Brasil, em especial o Nordeste, concentra os maiores índices de pobreza. Eudoro Santana explica que três fatores inspiraram a elaboração do pacto, vindo em primeiro lugar, o Pacto das Águas. O segundo, o plano de combate à desertificação, baseado no programa nacional.
"A desertificação possui ligações com o semiárido", pontua Eudoro Santana, citando como terceiro fator, a Segunda Conferência Internacional sobre Clima (Icid+18), realizada em 2010, em Fortaleza. Outra proposição do estudo: "desconcentrar a economia da Região Metropolitana de Fortaleza, para onde têm convergido os investimentos públicos e estão localizados os projetos estruturantes do Estado, e desenvolver a economia no semiárido cearense".
As medidas têm a finalidade de fortalecer a "ecologia do semiárido". As propostas são fruto de amplo processo de discussão e participação de instituições que representam a sociedade.
No primeiro momento, era preciso fazer a contextualização do cenário, elegendo quatro eixos principais. São eles: economia, situação ambiental, construção e elaboração de uma nova cultura, políticas públicas e educação, resultando no documento composto to por 132 páginas, propondo a formulação de uma política para o semiárido.
Ao final, propõe a constituição de uma comissão especial para analisar esse documento, que tem a pretensão de ser transformado em projeto de lei, esclarece Eudoro Santana. "A ideia é que este documento crie um arcabouço jurídico" para a formulação de um decreto ou resolução, não importa.
O Ceará possui 86,8% do seu território localizado na região semiárida, abrigando 150 municípios e 56% de sua população. Demonstração de contradição é expressa pela distribuição do Produto Interno Bruto (PIB), como o documento mostra em 2007, quando 34 municípios localizados fora do semiárido concentravam 70% do PIB cearense, enquanto os 150 restantes ficaram com 30%.

Contextualização

A devastação da paisagem do Nordeste começa no período colonial quando ocorre a retirada da mata nativa para o plantio da cana-de-açúcar. Estava assim consolidada a prática agrícola da monocultura, cujos efeitos são sentidos nos dias atuais, como ressalta o sociólogo pernambucano, Gilberto Freyre, no ensaio Nordeste - Aspecto da influência da cana sobre a vida e a paisagem do Nordeste do Brasil.
Descoberto pelo litoral, representando por terras férteis e de abundância, o semiárido ou sertão surge como uma contradição da Terra Brasilis. A partir do século XVII, considerado como sertanejo, há o deslocamento do foco do litoral, aquela imensidão de terras férteis, por onde se deu a descoberta do Brasil, mais tarde, passa a ser reconhecida oficialmente como região Nordeste, o sertão ganha destaque sendo palco da civilização do couro e do gado.
É nesse cenário que o sertão consolida-se como uma das regiões mais ricas em belezas naturais, concentrando o bioma Caatinga. Isso significa que, historicamente, o homem nordestino conviveu com as adversidades da região, sendo uma das principais, a escassez de água. Até há pouco tempo, o homem sobrevivia utilizando algum conhecimento do semiárido, destaca Eudoro Santana, citando o programa de açudagem como forma de combater as secas.

Tábua de pirulito

O Ceará conta com mais de 26 mil açudes, sendo comparado a uma "tábua de pirulito". Destaca o ponto de vista cultural que envolve a discussão em torno da seca, sempre relacionada à ideia de pobreza e vista com negativismo. É importante lembrar que os primeiros relatos de secas aparecem no fim do século XIX.
Para Eudoro Santana, é importante lembrar a participação das igrejas, dos institutos de pesquisa, sindicatos e dos movimentos sociais na formulação de um novo olhar sobre o semiárido, no sentido de descobrir as suas potencialidades.
Cita como produtos desse novo semiárido, mel orgânico, leite e carnes de caprinos. Apesar de não existir rios perenes, a piscicultura é uma alternativa para compensação de proteínas na alimentação dos seus habitantes. "Esses rios devem ser povoados de peixes", sugere. A tecnologia é capaz de reverter a situação do semiárido que começa a incorporar novas culturas, citando a oliveira para a produção de azeite, além de peixe de cativeiro.

Política

"Se aprovada, a política de convivência com o semiárido nordestino, mais uma vez, o Ceará vai dar um exemplo"

Eudoro Correia

Sec. exec. de Altos Estudos da AL-CE

(Fonte: Diário do Nordeste - IRACEMA SALES- REPÓRTER)

sábado, 24 de dezembro de 2011

Conheça o Parque da Cidade de Pedras, no Piauí.


O Parque Nacional das Sete Cidades fica a 190 quilômetros de Teresina. O local tem 6,2 mil hectares e é famoso pelos monumentos geológicos.

Terra de encantos e cultura preservada. Partimos da Capital, Teresina, e viajamos 170 quilômetros até Piracuruca, onde está um dos mais famosos parques nacionais do País: Sete Cidades. uma metrópole de pedra. Uma área de transição entre o Cerrado e a Caatinga, com 6.000 hectares protegidos pelo Ibama. E por gente como o turistólogo Oziel de Araújo Monteiro, voluntário na defesa desse patrimônio e "inventor" de uma nova profissão: curiólogo, "cara curioso, que aprende tudo e vivencia na alma o lugar", como ele mesmo define.
E o curiólogo que praticamente nasceu dentro do parque é nosso guia para conhecer de perto estas Sete Cidades e suas fantásticas atrações. Segundo o "curiólogo" Oziel, no Parque "o xique-xique é um cacto chique duas vezes".
Chique mesmo é contemplar as formações de arenito, distribuídas em sete blocos, onde a mãe Natureza mostrou todo o dom artístico. São rochas de 400 milhões de anos, aproximadamente, quando o sertão nordestino era mar. Com o recuo das águas, os mineirais ficaram expostos a temperaturas elevadas e começaram a tomar formas diversas. Hoje o sertão ainda tem água. As nascentes que brotam no Parque abastecem o circuito das águas e suas piscinas naturais.

A imaginação ganha formas

E nas montanhas de pedra, a arquiteta imaginação cria um novo mundo... imaginário. Lentamente, surge uma tartaruga. E outro bicho, o elefante. Do outro lado, descansa o cachorro, um São Bernardo. Até animais gigantes e famosos têm espaço, como o lendário King Kong. O boi sem chifre e o galo sem cabeça também estão lá. O galo literalmente perdeu a cabeça: segundo o turistólogo Oziel "diz a história que os primitivos degolaram a cabeça dele porque ele cantava muito cedo".
Em Sete Cidades a imaginação não tem limites nem distâncias. Nessa pedra, por exemplo, o nome veio de longe, da França: é o Arco do Triunfo, ou simplesmente Arco, para os mais antigos. Segundo os místicos esse seria um portal para um novo mundo. E quem atravessasse poderia fazer até 3 pedidos. Com 3 exceções: nem casamento, nem riqueza, nem beleza. Eu já sou casado, não me preocupo muito com dinheiro e sei que não sou nenhum galã. Vou fazer meus pedidos aqui, mas em segredo.
Nas Sete Cidades, um mapa do Brasil, na pedra. E até quem proclamou a Independência do brasil foi homenageado: D. Pedro I parece estar comendo alface.

Misticismo na gruta

Na quarta cidade está um lugar muito frequentado por romeiros, a gruta do Catirina. Era um eremita, um curandeiro, que tinha ervas medicinais e com elas tentava curar o filho deficiente físico e mental. "A vinda do Catirina para essa gruta foi por pressão da sociedade, por causa do problema do filho. Imagine na década de 20 ou 30 o que era isso no sertão do Piauí", conta Oziel.
Depois da saída de Catirina, as pessoas passaram a frequentar a gruta, fazer rezas, acender velas e deixar oferendas aqui. A poucos metros da caverna está o túmulo onde o eremita e o filho foram enterrados.
O Parque de Sete Cidades é famoso pelas marcas do passado. No Sítio Arqueológico do Camaleão, figuras retratam como era a vida há 6.000 anos. Com a palavra o turistólogo Oziel: "O que se sabe é que houve ocupação humana na pré-história, mas alguns historiadores dizem que foram os fenícios, há 3.000 anos; outros dizem que foram os vickings; outros, que foram os extraterrestres e alguns autores brasileiros atribuem aos primitivos mesmo, tribos do kiriris ou tabajaras, que viveram nessa região na faixa de 2.000 a 3.000 anos atrás.
"Tem um clima de misticismo, de arqueologia, é um lugar fascinante", opina o turista Roberto Broder.

Bendita maldição!

Diz a lenda que Sete Cidades é resultado de uma maldição lançada a um príncipe e a uma princesa, petrificados em forma de lagartos, um de frente para o outro, a pouicos metros. Os 7 reinos viraram rochas. Diz a lenda também, segundo Oziel, que quando os lagartos "príncipe" e "princesa" se reencontrarem e se beijarem, tudo voltará ao normal. "Mas tem que ser naturalmente, ninguém pode apressar o processo senão vira pedra também", esclarece o turistólogo.
Enquanto o feitiço não se desfaz, vale contemplar a magia da cidade de pedras.
(Fonte: EPTVglobo)

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Pernambuco cria primeira reserva estadual na caatinga.

 


Helvio Polito


Mata da Pimenteira, em Serra Talhada, a 450 km do Recife, é a primeira reserva estadual de caatinga de Pernambuco A secretaria estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade – Semas concluiu o processo de criação da primeira Unidade de Conservação (UC) estadual no bioma Caatinga. Após conclusão dos estudos técnicos, da audiência pública realizada em Serra Talhada e da aprovação do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema), a formalização da reserva depende apenas do decreto que será assinado nos próximos dias pelo governador Eduardo Campos. O Parque Estadual Mata da Pimenteira será implantado no município de Serra Talhada, a 450 Km do Recife.
“É um momento histórico e um passo fundamental para a preservação deste bioma único no mundo, que tem importância cada dia maior para reduzir os impactos do aquecimento global e evitar a desertificação do nossa região semi-árida”, destacou o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, Sérgio Xavier, também presidente do Consema.
Durante este ano, técnicos da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e da Semas, realizaram o processo de análise e reconhecimento das áreas que vão compor essa UC. Com 887 hectares, o Parque Estadual Mata da Pimenteira será composto por fragmentos da Serra Talhada, Serra Branca e da Mata da Pimenteira, que vai dar nome ao Parque. A criação da UC vai contribuir para a preservação e a restauração da diversidade ecológica da Caatinga naquela região.
As características biológicas da área e a necessidade de ampliar as atividades de pesquisas já existentes no local levaram os técnicos da Semas e da CPRH a categorizar a UC como Parque Estadual permitindo assim a realização de atividades ecoturísticas ressaltando as vocações naturais, culturais, artísticas, históricas da região.
O secretário executivo da Semas, Hélvio Polito, explicou que área onde será implantada a UC foi identificada, segundo estudos da UFRPE, como área de alta importância biológica para conservação. “A Universidade de Pernambuco e a UFRPE já possuem centros de pesquisa naquela região. O Parque Mata da Pimenteira será o quintal das universidades, possibilitando que elas realizem pesquisas criando assim uma cadeia de informações para preservação da Caatinga, um Bioma ainda pouco estudado na sua biodiversidade”, enfatizou.
Em junho deste ano a Semas instituiu o Comitê Executivo para Implantação de Unidades de Conservação em Pernambuco. Desde que foi criado o Comitê já identificou outras áreas prioritárias na Caatinga para criação de novas UC’s.
O secretário Sérgio Xavier informou que outras 12 áreas de caatinga estão sendo estudadas e, em breve, serão transformadas também em unidades de conservação. “Nossa meta é implantar 81 unidades de conservação da Mata Atlântica e Caatinga até 2014, agregando, no entorno, projetos de geração de emprego e renda para as comunidades locais com atividades sintonizadas com a proteção, como sementeiras, apicultura, ecoturismo, ecoesportes, educação ambiental etc”, enfatizou.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Seminário promovido pelo CERBCAA/PE em Afogados da Ingazeira discute a caatinga.



Durante os dias 08 e 09 de dezembro, aconteceu na Pousada de Brotas, no município de Afogados da Ingazeira (PE), o Seminário de Integração do I Subcomitê do CERBCAA/PE (Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga em Pernambuco) em Afogados da Ingazeira. O Objetivo do Projeto “VALORIZAÇÃO DO BIOMA CAATINGA” é promover ações visando à valorização da Caatinga através de ações de educação ambiental.

O projeto atende a 17 municípios da Caatinga situados na região de desenvolvimento do Vale do Pajeú, visando. Como metas, Sensibilizar a população local sobre a importância e fragilidade do bioma Caatinga; Capacitar professores da rede de ensino pública e particular sobre as potencialidades e sensibilidade do bioma nos municípios atendidos pelo projeto; Incentivar trabalhos na área de educação ambiental, destacando o Dia Nacional da Caatinga e Dia Internacional do Meio Ambiente e criar o primeiro Subcomitê do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga – CERBCAA-PE através de um processo de educativo e participativo da população.

O CERBCAA/PE acredita que através de ações como as deste projeto, da atuação de organizações não governamentais e do poder público, poderemos mudar a situação atual da CAATINGA, bioma genuinamente brasileiro. A degradação da caatinga, principalmente pela ocupação humana e desmatamento para levar lenha aos fornos de empresas do estado de forma ilegal e sem fiscalização alguma, é o maior desafio.

O Projeto promovido pelo Comitê Estadual da Caatinga, tem o patrocínio do FEMA – Fundo Estadual de Meio Ambiente, Governo do Estado de Pernambuco (Sectma), Execução da Âncora e Apoio do IPA – Instituto Agronômico de Pernambuco.

Dentro da programação, aconteceu adesivaço no centro de Afogados da Ingazeira, palestras com Hélvio Polito (Secretário Executivo da SEMAS) sobre a Criação de Unidades de "Conservação Estadual no Bioma Caatinga", e sobre a importância das Unidades de Conservação da Natureza, com Ana Virgínia Melo (Ibama), posse dos membros do subcomitê da Caatinga, entrega de certificados, e planejamento de atividades.

Fotos do Seminário:

O Coordenador do CERBCAA/PE, Elcio e sua esposa Emília
e Hélvio Polito, Sec. Executivo da SEMAS

 





























terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Pernambuco começa a medir fluxo de CO2 na atmosfera dos sertões

Pernambuco começa a medir fluxo de CO2 na atmosfera dos sertões



Atentos aos possíveis efeitos das mudanças climáticas na Caatinga, pesquisadores de 13 instituições públicas federais e estaduais concluem a instalação da segunda torre de medição de gás carbônico no semiárido.


Por Francis Lacerda e Robério Coutinho



No início do mês de março de 2011, passou a funcionar a segunda torre de monitoramento de CO2 do Estado. O equipamento foi instalado em Araripina, no Campo Experimental do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA). A ação integra as metas do Estudo das Mudanças Climáticas e seus impactos em Pernambuco (Muclipe),projeto aprovado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e coordenado pelo Laboratório de Meteorologia de Pernambuco (Lamepe) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

A primeira torre foi instalada em Petrolina, em dezembro de 2010, na Embrapa Semiárido. De acordo com a coordenadora do Muclipe e Lamepe, Francis Lacerda, com a instalação e operacionalidade dos equipamentos, o Estado passa a realizar estudos pioneiros sobre a vulnerabilidade da Caatinga diante dos efeitos das alterações climáticas na Região.

Também será possível analisar os efeitos da degradação do bioma na alteração do clima. “A utilização dos dados coletados pelas torres permitirá a realização de experimentos científicos capazes de investigar o que acontece com o clima do Estado com a degradação da Caatinga”, conta Francis. Verificar a possibilidade da ocorrência de chuva ácida no semiárido e o tempo e a forma com que as variações no clima podem influenciar na degradação da caatinga também podem ser pesquisados.

Os dados monitorados pelas torres de gás carbônico serão utilizados em modelos atmosféricos capazes de gerar cenários futuros de como estará o clima e a caatinga em 2015, 2020, 2030 e 2050. Os respectivos cenários apresentarão uma escala que varia segundo as condições climáticas mais otimista e pessimista. Francis informa que os experimentos já começam a ser montados a partir do próximo ano.


“O Bioma passou milhares de anos para buscar o equilíbrio no clima semiárido, portanto, é preciso antecipar os cenários associados com os efeitos das mudanças climáticas para subsidiar na atualidade, as melhores formas de mitigação e adaptação dos impactos na Caatinga”, conta Francis. Ela ressalta que até hoje, sabe-se pouco sobre a relação do papel do bioma no clima semiárido.


No município de Petrolina, o equipamento está colhendo dados numa área de caatinga que se encontra preservada. Já em Araripina, serão monitoradas as condições meteorológicas em um ambiente degradado. “Vamos fazer a correlação entre os dois cenários para avaliar como se comporta a interrelação do Bioma e o clima”, diz


“A comparação entre os dados coletados pela torre em Petrolina e a de Araripina permitirá identificar o tempo em que a Caatinga leva para se degradar em condições climáticas extremas”, diz Francis. Ela destaca que os resultados dos impactos das mudanças climáticas e seus respectivos cenários futuros nos municípios de Araripina e Petrolina servirão de modelo para estudos em outros municiípios que apresentam o clima árido e semi-árido do Nordeste brasileiro.

Esta ação do Muclipe pode ainda permitir a realização de estudos sobre os impactos da alteração do clima na saúde da população. Em conjunto com a FioCruz podem ser feitas correlações entre doenças respiratórias e o nível de poluentes na atmosfera de Araripina. “Com a torre, é possível avaliar a real distribuição de poluentes na localidade”, diz Francis. O projeto também permite a elaboração de estudos para identificar o potencial econômico da Caatinga, por meio da sua potencialidade em absorver gás carbônico da atmosfera. “Caso se comprove a eficiência em seqüestrar CO2 do ambiente, o negócio internacional com créditos de carbono pode ser uma nova opção financeira dos sertanejos”, garante.
(Fonte: IPA)



quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

CERBCAA/PE promove o Seminário de Integração do I Subcomitê em Afogados da Ingazeira (PE).

"Na caatinga, o homem bicho bate em retirada,carregando apenas trapos, cambaleia. Cai" (Graciliano Ramos)
Acima postamos a programação da nossa próxima reunião ordinária que acontecerá conjuntamente com o  Seminário de Integração do I Subcomitê do CERBCAA/PE em Afogados da Ingazeira, nos dias 08 e 09 do próximo mês de dezembro.
 
O Objetivo do Projeto “VALORIZAÇÃO DO BIOMA CAATINGA” foi promover ações visando à valorização da Caatinga através de ações de educação ambiental.

O projeto atendeu a  17 municípios da nossa CAATINGA situados na região de desenvolvimento do Vale do Pajeú, visando:

• Sensibilizar a população local sobre a importância e fragilidade do bioma Caatinga;

• Capacitar professores da rede de ensino pública e particular sobre as potencialidades e sensibilidade do bioma nos municípios atendidos pelo projeto;
• Incentivar trabalhos na área de educação ambiental, destacando o Dia Nacional da Caatinga e Dia Internacional do Meio Ambiente;
• Divulgar os recursos naturais da Caatinga;
• Criar o primeiro Subcomitê do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga - CERBCAA-PE através de um processo de educativo e participativo da população

O CERBCAA/PE acredita que através de ações como as deste projeto, da atuação de organizações não governamentais e do poder público, poderemos mudar a situação atual da CAATINGA, bioma genuinamente brasileiro. O Projeto promovido pelo Comitê Estadual da Caatinga, teve o patrocínio do FEMA - Fundo Estadual de Meio Ambiente, Governo do Estado de Pernambuco (Sectma), Execução da Âncora e Apoio do IPA - Instituto Agronômico de Pernambuco.

Agradecemos a todos que contribuíram de maneira decisiva para a implantação do I Subcomitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga no Pajeú : membros do CERBCAA/PE, autoridades, técnicos, sociedade civil organizada e colaboradores.

Leia também as referências sobre o Projeto em:
Seminário Valorização do Bioma Caatinga - Tuparetama
Projeto "Valorização do Bioma Caatinga" - Brejinho
Projeto Valorização do Bioma Caatinga - Blog da Ema
Comitê Estadual discute a Valorização do Bioma Caatinga - IPA
Encontro sobre preservação da Caatinga em Triunfo

A Importância de Valorizar a Caatinga

As belezas e os problemas da caatinga.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Típico canto nordestino ajuda vaqueiros a reunir gado na caatinga.


Tradição passada de pai para filho, o aboio está presente na rotina dos homens que ganham a vida tangendo gado.

O aboio é um canto nordestino que os vaqueiros usam para contar suas histórias e a dos seus companheiros, e que está presente no dia a dia dos homens que ganham a vida tangendo gado na Caatinga. O aboio acompanha os vaqueiros nas atividades diárias e no meio da Caatinga é usado para reunir o gado. Deroaldo de Carvalho, o Seu Deiró, é vaqueiro desde os 13 anos, herdou a profissão do pai e aprendeu a aboiar ainda menino. Ele garante que os animais conseguem compreendê-lo. “A gente coloca os apelidos nos animais e eles atendem por aquele apelido, igual a uma pessoa”, diz. “Cada vaca tem seu apelido e quando a gente chama, tem algumas delas que chegam ao ponto de berrar”, revela.


Não se sabe a data exata de quando surgiram os primeiros aboios, o certo é que na lida com o gado ou no encontro com os companheiros de profissão, o canto próprio dos vaqueiros sempre está presente. Quando os vaqueiros aboiadores se encontram, há sempre o desafio: um improvisa alguns versos, outro responde e assim a reunião vai ficando animada.

Entre tantos aboiadores, há somente uma mulher: Adelina Maria da Conceição, a Dona Adelina, dona de casa e esposa de vaqueiro. Ela aprendeu sozinha a arte de entoar o canto do sertão. “Eu ouvia no rádio, eu via vaqueiro aboiar, aí fui entoando na cabeça, foi me dando aquela invocação, e aí nesse dia eu comecei”, conta.

As letras dos aboios na maioria das vezes fala do universo do homem que trabalha no meio da Caatinga. José Fagner, ou Zezinho Aboiador, é um apaixonado pelas toadas e se inspirou em outros aboiadores para fazer desta profissão o seu modo de vida. “Desde menino que eu comecei a escutar Vavá Machado e Marculino, comecei a me identificar com isso, comecei a observar que era o que eu queria, que era o meu sonho”, lembra. “Escutar estes homens me deu muita inspiração e comecei a fazer um repente, me inspirando neles – no Galego Aboiador também – e hoje é um prazer muito grande para mim poder fazer estes repentes”, revela.

A cultura do aboio não é ensinada na escola. Ela é passada de pai para filho, de avô para neto. Luiz Eduardo, de quatro anos, e seu primo Eric Fernando, de seis, são netos de Seu Luiz Antônio dos Santos, vaqueiro há 50 anos, e que não esconde o orgulho de ver os meninos seguindo seus passos. “A gente fica contente. É uma semente que a gente está plantando e que quero colher bem colhida. Com fé no poder de Deus, eles vão seguir. Vão estudar, vão ficar melhor que eu. Vão estudar e seguir a vida do campo, se Deus quiser”, espera.
(Fonte: Bahia Rural  e  Lagoa Nova destaque)

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Desmatamento da Caatinga.

A vegetação predominante em Pernambuco é a caatinga, com 87% da cobertura vegetal do Estado. Entretanto, esta vegetação que só existe no Brasil, está sendo completamente devastada. Durante qualquer viagem de Recife ao interior pode-se cruzar com vários caminhões carregados com lenha retiradas da caatinga click. Lenha que abastecem fornalhas de padarias, em várias cidades do interior e capital, além de carvoarias e construção civil, principalmente em Recife. A situação se agrava no Sertão do Araripe, onde a produção de gesso está desmatando cada vez mais a caatinga.
Este registro abaixo foi no município de Sertânia-PE, entre os distritos de Cruzeiro do Nordeste e Moderna, BR-110 caminho para Ibimirim-PE, 300 Km do Recife.

(Foto de Heitor Salvador)

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Trabalho preserva caatinga nas obras de transposição do São Francisco.


Biólogos lutam para preservar espécies vegetais na área de caatinga.  Grupo resgata amostras de plantas e sementes.

O vai e vem dos caminhões e as máquinas não param, quilômetros de vegetação já foram desmatados desde que as obras da transposição começaram. Entre tantos operários, uma turma especial segue na linha de frente pela vida.
O grupo não mede esforços para realizar uma pesquisa coordenada pela Universidade Federal do Vale do São Francisco, que se estende por 402 quilômetros no eixo norte e 220 quilômetros no eixo leste.
A elaboração do inventário florístico e o resgate de espécies permitem o reconhecimento da flora na região degradada. Nada passa despercebido, sementes são coletadas, árvores medidas e amostras de flores são colhidas. Tudo é registrado com a ajuda de um GPS, aparelho que registra a localização exata de cada planta.
O trabalho começou em 2008 e conta com a participação de biólogos e estudantes dos cursos de ciências biológicas, zootecnia, agronomia e engenharia agrícola e ambiental. Trabalhadores rurais também fazem parte do projeto que tem como objetivo, conhecer e preservar o bioma caatinga.
Assista ao vídeo com a reportagem completa e saiba como funciona os estudos dentro da universidade.
(Fonte: G1.globo.com)

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Comitê Estadual da Caatinga realizará sua 22ª Reunião Ordinária no IPA em Recife (PE).


No próximo dia 17.11 (quinta-feira), a partir das 08:30h na sala de reuniões do Instituto Agronômico de Pernambuco - IPA, os membros do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga estarão reunidos na 22ª Reunião Ordinária. Na pauta constam apresentações sobre Serviços Ambientais, Cultura da Terra e a I Conferência Regional de Desenvolvimento Sustentável do Bioma Caatinga - A Caatinga na Rio+20.

Como se sabe, o Banco do Nordeste do Brasil, e o Instituto Nordeste XXI, irão realizar a I Conferência Regional de Desenvolvimento Sustentável do Bioma Caatinga - A Caatinga na Rio+20, nos dias 13, 14, 15 e 16 de março de 2012, na sede do Banco, em Fortaleza (CE).

O encontro que seria realizado nos dias 9, 10 e 11 de novembro foi adiado em função da solicitação dos Comitês Estaduais que reivindicaram maior espaço de tempo para difundir, mobilizar e preparar a pauta de cada uma das unidades da Federação envolvidas com o evento.
Tal mudança não acarretará prejuízos quanto a inserção do bioma Caatinga na pauta oficial da Rio+20 pelo fato da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema) ser o órgão oficial de representação dos biomas brasileiros junto à organização do evento a se realizar de 20 a 22 de junho de 2012 no Rio de janeiro.

A conferência tem como objetivos: Discutir a gestão do bioma Caatinga; Elaborar o documento intitulado "Declaração da Caatinga", que formalizará os compromissos a serem assumidos pelos governos e demais setores da sociedade para a promoção do desenvolvimento sustentável do bioma e por fim inserir, por meio da Declaração da Caatinga, as questões relacionadas ao bioma nas discussões da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - Rio+20.
Para a mobilização da sociedade local, estão sendo instalados os Comitês Estaduais, responsáveis por mobilizar e organizar a participação dos estados Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe na Conferência Regional.
Caberá aos comitês a condução do processo de articulação e debate no âmbito estadual, bem como a consolidação do conjunto de ações, propostas e compromissos a serem apresentados na Conferência Regional. Os comitês estaduais são compostos por representantes do Governo do Estado, da Superintendência Estadual do Banco do Nordeste e da Assembléia Legislativa.

Com efeito, o propósito maior da I Conferência Regional de Desenvolvimento Sustentável do Bioma Caatinga - A Caatinga na Rio+20 além do compromisso político renovado para o desenvolvimento sustentável desse bioma, é garantir a Caatinga na pauta oficial das discussões da Rio +20.

Abaixo o convite do Coordenador Geral do CERBCAA/PE, Elcio Barros:

"Convidamos todos Caatingueiros a participarem da nossa reunião ordinária a ser realizada amanhã, dia 17, na sede do IPA em Recife, a partir das 08:30 hs.
Entre outros assuntos discutiremos a realização da Pré Conferência Estadual A CAATINGA NA RIO +20, e teremos uma palestra sobre Pagamento de Serviços Ambientais.
Lembrando que nossas reuniões são sempre abertas ao público em geral".

Elcio Barros - Coord Geral do CERBCAA/PE


(Fonte: Caatinga Rio+20)

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Grutas e caatinga preservada são um convite ao turismo ecológico em Bodocó



Bodocó é um município brasileiro do estado de Pernambuco.
O município é formado por três distrito: a sede, o segundo distrito formado pela Vila Sipaúba e Vila Jardim. Sendo a Vila Sipaúba a sede de Claranã. E o terceiro distrito, formado pela Vila Feitoria, Povoado de Cacimba Nova e Vila Né Camilo.
Bodocó era o segundo distrito do município de Granito (Pernambuco), fundado no início do século XX por Antonio Peixoto de Barros. Em 1924, foi elevado à categoria de primeiro distrito, assim, Granito deixa de ser sede e passa a ser distrito de Bodocó. Em 1934, com a extinção do distrito de Leopoldina, o território foi dividido entre Bodocó (então Granito), Salgueiro e Serrinha (hoje Serrita). Pelo decreto lei estadual nº92, de 31 de março de 1938, o município de Granito passava a denominar-se Bodocó. Administrativamente, o município é composto pelos distritos: Sede, Claranã e Feitoria.
(Fonte: Rede Globo Nordeste e Wikipédia)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Associação promove proteção da Caatinga.

Com uma área de 6.146 hectares e a 50Km de Crateús, a Reserva Serra das Almas possui uma amostra significativa da flora e fauna da Caatinga, recebendo visitantes de todo o País
Com uma área de 6.146 hectares e a 50Km de Crateús, a Reserva Serra das Almas possui uma amostra significativa da flora e fauna da Caatinga, recebendo visitantes de todo o País. O trabalho maior desenvolvido pela Associação é na Reserva Natural Serra das Almas, no Município de Crateús.



Crateús: Aniversário comemorado com muito trabalho e alegria. Essa frase traduz a análise que a Associação Caatinga faz ao completar 13 anos de fundação e avaliar o trabalho desenvolvido por meio de seu maior projeto: a Reserva Natural Serra das Almas, localizada neste Município. Com uma área de 6.146 hectares e a 50Km de Crateús, a Reserva possui uma amostra significativa da flora e fauna da Caatinga, recebendo diariamente visitantes das diversas regiões do País.
"Realizamos muitos projetos durante todo esse período, temos muitos trabalhos dentro da nossa missão de preservação e conscientização e estamos muito felizes porque sentimos a aceitação e o envolvimento das pessoas e das comunidades do entorno da Reserva, neste projeto que é a ´menina dos olhos´ da Associação Caatinga", declara o gerente da Reserva, Ewerton Torres Melo.

Reconhecimento

Para ele, a alegria é fruto da realização de muitos projetos, mas também do reconhecimento e envolvimento das comunidades. "No início da instalação da Reserva, o projeto era visto pelas pessoas como um obstáculo, pois não conheciam. Com o tempo foram percebendo a essência do trabalho e hoje nos veem como parceiros no desenvolvimento e sustentabilidade do bioma e da própria região".
Criada em 21 de outubro de 1998 com a missão de conservação da biodiversidade da Caatinga, a instituição vem desenvolvendo diversos projetos para a proteção da diversidade desse bioma, que é único no mundo. Possui escritórios em Fortaleza e Crateús, com atuação também em outros Municípios desta região e de outras regiões do Estado. Segundo a Associação, em seus projetos já beneficiou diretamente mais de 30 mil pessoas entre agricultores familiares, educadores, estudantes, jovens, pesquisadores e proprietários de reservas. O foco é a preservação do meio ambiente, mas o trabalho não se limita somente a essa dimensão. Para além do conceito de preservar, busca capacitar a população que vive próxima ao local assistido, partindo do princípio de que ela também é responsável pela conservação do ambiente em que está inserida. Para isso, a comunidade é mobilizada e envolvida nas ações e projetos.

Rede

A atuação em rede é uma das principais estratégias da Associação Caatinga para ampliar o impacto de suas ações de conservação do bioma Caatinga promovendo o estabelecimento de parcerias e alianças. Por meio dessas redes, a instituição tem conseguido influenciar a proposição e discussão de políticas públicas ambientais para o bioma. A Associação Caatinga é membro fundador do Conselho Municipal de Meio Ambiente de Crateús, participa do Pacto Ambiental da Região dos Inhamuns, e é membro fundador do Programa Selo Município Verde do Ceará (programa de certificação dos Municípios ambientalmente responsáveis). Liderou a articulação da sociedade para a criação do ICMS Sócio-Ambiental do Ceará, e foi idealizadora e é gestora do Programa Aliança da Caatinga de apoio à criação e manutenção de reservas na Caatinga, que já apoiou a criação de dez novas reservas e 30 estão em processo de criação. Além disso, é membro representante da sociedade civil junto ao Conpam, é membro da Rede Nacional Pró Unidades de Conservação, participa do Fórum Nacional de Áreas Protegidas e do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Caatinga e do Fórum Nacional de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente. Atualmente, preside a Confederação Nacional de Reservas Particulares do Patrimônio Natural.

Prêmios

Ao longo desses 13 anos, a Associação vem acumulando prêmios em nível regional, estadual, nacional. Seu trabalho também já é reconhecido fora do País. Em 2002, recebeu o Prêmio Banco Mundial de Cidadania pela difusão de iniciativas inovadoras no combate à pobreza e na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos brasileiros. No ano de 2005, a Reserva Natural Serra das Almas recebeu o título de Primeiro Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Caatinga pela Unesco, devido ao modelo inovador de conservação do bioma feito em conjunto com as comunidades do seu entorno.

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

 Dentro dessa perspectiva de desempenhar uma função de incentivadora e facilitadora para o desenvolvimento sustentável do entorno, a Associação desenvolve vários projetos junto às comunidades que residem próxima da Reserva Natural Serra das Almas. Dois estão em destaque: "No Clima da Caatinga" e "Embarque nas Trilhas da Caatinga".
Por meio destes e de outros projetos, na Serra das Almas são desenvolvidas atividades de conservação, pesquisa científica, recreação e visitação escolar, além de educação ambiental e desenvolvimento sustentável junto às comunidades do entorno, combinando preservação ambiental com geração de renda e melhoria da qualidade de vida local.
Idealizado pela Associação Caatinga e patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental, o Projeto "No Clima da Caatinga" tem por objetivo impactar positivamente na mitigação dos efeitos do aquecimento global por meio da conservação da Caatinga, no sertão deste Município. Iniciou no segundo semestre deste ano e terá duração de dois anos. Segundo a Associação, o projeto ocorre em 16 comunidades do entorno da Reserva. Beneficiará diretamente cerca de 5 mil pessoas e envolverá ao todo mais de 32 mil pessoas.
Já o Projeto "Embarque nas Trilhas da Caatinga" tem o objetivo de potencializar o turismo sustentável. O projeto realiza a formação de 30 condutores de trilhas para atuarem como guias de ecoturismo, potencializando o desenvolvimento de receptivos nas comunidades, para que os moradores locais possam oferecer produtos e serviços sustentáveis aos visitantes.

(Fonte:Silvania Claudino - Repórter - Diário do Nordeste)

sábado, 5 de novembro de 2011

Área de caatinga é preservada por iniciativa de Rachel de Queiroz.



Parte da fazenda da escritora no Ceará foi transformada em reserva natural.
No lugar é possível desfrutar das riquezas do sertão.

Globo Rural

O município de Quixadá, no Ceará, ficou famoso por ser o local escolhido pela escritora Rachel de Queiroz para a produção de seus livros. Parte da fazenda onde ela passava os dias e trabalhava foi transformada em RPPN, Reserva Particular do Patrimônio Natural. A reportagem do projeto Globo Natureza comemora os 11 anos das edições diárias do Globo Rural.

A paisagem exuberante não é o único atrativo da cidade de Quixadá, no Ceará. O lugar também exibe o orgulho de ter sido adotada pela escritora Rachel de Queiroz, que nasceu em Fortaleza e passou boa parte da vida no pedaço de sertão que tanto inspirou suas obras.

A primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras foi a criadora da literatura regional moderna. No primeiro livro, O Quinze, Raquel de Queiroz mostrou a luta dos sertanejos para sobreviver a uma das maiores secas da história. A escritora também revelou um sertão de mulheres fortes, como na obra Memorial de Maria Moura, que virou minissérie na TV Globo.

A velha estação de trem é parada obrigatória na viagem ao sertão de Rachel de Queiroz. O lugar, por onde passava o trem que levava passageiros de Fortaleza para o sul do Ceará, tem o nome de Daniel de Queiroz, pai da escritora. Seguindo a linha do trem, é possível encontrar as memórias de Rachel de Queiroz na fazenda que ela tanto amava.

"Está exatamente como a Rachel deixou. Só não é mais a geladeira porque eu troquei. Mas ela até tinha uma geladeira no mesmo lugar", explica Maria Luiza Queiroz, irmã de Rachel de Queiroz.

Maria Luiza, a irmã mais nova de Rachel, mora no Rio de Janeiro, mas, como a escritora, sempre cultivou o hábito de passar férias na fazenda com filhos e netos. Uma das áreas da fazenda que Rachel mais gostava é uma espécie de bosque formado só por árvores da caatinga. "Ela tinha muita vaidade de dizer que tem todas as árvores da caatinga tem na fazenda”, diz Maria Luiza.

Um terço dos 928 hectares da propriedade foi transformado em Reserva Particular do Patrimônio Natural. A iniciativa de criar a RPPN foi da própria escritora.

A produção da fazenda Não me Deixes é suficiente apenas para ajudar o sustento das sete famílias que vivem no lugar e para as atividades básicas da fazenda. Este ano, foram colhidos milho e feijão na roça que fica próximo à reserva. O desafio de fazer os funcionários obedecerem aos limites já foi conquistado.

O agricultor Evandro Pereira da Silva virou um guardião da caatinga. "É grande e tem muitos cantos que a pessoa pode entrar sem ninguém ver. Então, a gente tem que andar e prestar atenção”, explica.

Carlos Nogueira é engenheiro agrônomo e faz doutorado em ecologia. Entre as árvores típicas da região, ele encontrou uma grande quantidade da espécie que pesquisa: a dalbergia cearensis ou pau violeta, como é conhecida popularmente. A árvore produz madeira nobre e começou a ser explorada no período colonial.

"Os móveis de Luis XIV e Luis XV foram feitos com madeira saída da caatinga nordestina, do semiárido do Nordeste. Hoje, está representada no museu do Louvre. Existem 14 móveis do Louvre feitos com madeira saída do Ceará no reinado de Luis XIV e Luiz XV com a madeira dalbérgia cearensis", diz o agrônomo.

Durante dois anos, Carlos Nogueira monitorou tanto árvores adultas como em crescimento. O agrônomo diz que a criação de reservas é fundamental para o conhecimento da caatinga. “Você não vai encontrar essas espécies que são endêmicas daqui em outro local. Então, você vai está deixando de mostrar para a humanidade o potencial que existe nessas espécies que podem ser utilizadas para o bem da humanidade", explica.

A escritora Rachel de Queiroz queria preservar para servir seja na cozinha da fazenda, onde os aromas e sabores são mantidos como antigamente, seja fora dela, onde ainda é possível desfrutar das riquezas do sertão, que ilustrou os livros e a vida da escritora.

sábado, 29 de outubro de 2011

Há 10 anos o Rio dos Cóchos passa por um processo de recuperação. Exemplo de união.


Após a exploração do carvão, na cidade de Januária, no Norte de Minas Gerais - tema do programa exibido neste sábado no Globo Ecologia - o Rio dos Cóchos foi secando. Da década de 80 até o início dos anos 2000, os produtores rurais da região foram percebendo este fato, que começou a atrapalhar a produção local às margens do rio. Atualmente, diversas ações são feitas para a recuperação do rio, paralelamente com a criação de alternativas de geração de renda para os trabalhadores da cidade.
Em1994, os próprios agricultores pediram assistência à Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural) para fazer um diagnóstico do rio. Com o estudo na mão, a Emater fez um projeto de recuperação, mas não tinha apoio financeiro para colocá-lo em prática.
Em 2001, os produtores e a Emater fizeram parceria com a Cáritas Diocesana da cidade e com uma instituição católica alemã. O projeto, que tem duração de três anos e pode ser renovado ao final, faz um trabalho de capacitação e mobilização dos agricultores das comunidades para a recuperação do Rio dos Cóchos.
Jaci Borges de Souza, produtor rural e presidente da Assusbac (Associação dos Usuários da Sub-bacia do Rio dos Cóchos), associação que mobiliza outros projetos para dar sequência ao que é feito no rio, conta que a cada três anos eles fazem uma avaliação do que já foi feito e tentam uma nova aprovação para o próximo triênio, caso que acontece agora. “Estamos na expectativa de aprovação. O contrato venceu este mês. Em relação ao rio propriamente dito, tivemos muitos avanços nos seguintes aspectos: no início houve muita resistência para isolar a margem do rio, e embora não tenhamos conseguido isolar toda a margem, conseguimos fazê-lo parcialmente. Atualmente boa parte dos produtores, que antes discordava deste processo, concorda”, diz Jaci.
Entre as ações de conscientização estão visitas a outras regiões, onde projetos de recuperação similares foram feitos e deram resultados. Além disso, o projeto se preocupa em buscar alternativas de geração de renda para os trabalhadores que têm que aguardar o processo de recuperação do rio. Entre as atividades oferecidas, extrativismo de pequi, cagaita, panã e maracujá do cerrado. “Inicialmente eles ainda estão trabalhando com o pequi, mas há parcerias com universidades que fazem pesquisas com os outros frutos para explorá-los de forma sustentável”, explica Jaci. Outras alternativas de geração de renda como a apicultura e a criação de pequenos animais, como caprinos, também são incentivadas pelo programa apoiado pela Cáritas.
Dentre as medidas utilizadas para recuperar o rio estão a criação de tecnologias de contenção de enxurradas, chamadas barraginhas, que são bacias colocadas nos declives com intuito de acumular água para infiltrar no solo, melhorando as condições de plantio. A diminuição da utilização do fogo também tem contribuído para a melhoria das nascentes. “Antes, quando chovia, a população sofria com enchentes. Hoje ela chega de forma gradativa e limpa. É claro que ainda não está 100%. Desde a época do diagnóstico, sabíamos que teríamos ações a curto e longo prazos”, diz Jaci. A próxima etapa do projeto é construir uma nova unidade de beneficiamento de frutos de quintais, onde os produtores possam processar frutos como mangas e goiabas. “Aqui na região, 80% da safra de manga não é aproveitada por falta de estrutura para armazenar e processar o produto”, explica.
O projeto ainda tem problemas com a questão da manutenção de estradas que dão acesso à comunidade. “Quando chove, a máquina tira a terra de um local e tapa os buracos provocados pela chuva. Ainda estamos na luta para tentar adequar a manutenção de estradas”, explica.

No clima da Caatinga.


Este é um belo CLIP de apresentação do projeto "NO CLIMA DA CAATINGA"
Execução: Associação Caatinga- Patrocínio: PETROBRAS AMBIENTAL
Fotos: Acervo da Associação Caatinga - Música: CHOVER- Cordel do Fogo Encantado - Produção do CLIP: CLAREAR Imagens. Um justa homenagem ao bioma caatinga. Único no mundo.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

I Conferência Regional de Desenvolvimento Sustentável do Bioma Caatinga - Preparação de Pernambuco‏

Estas são as propostas do Governo de Pernambuco para o Bioma Caatinga, que servirão de base para o debate com os segmentos envolvidos com este bioma e elaboração do documento a ser aprovado na pré-conferência estadual e apresentado na I conferência Regional de Desenvolvimento Sustentável do Bioma Caatinga - A Caatinga na Rio+20, em Fortaleza.

Aguardamos sugestões de inclusão e alterações neste documento até o final do dia 28/10/2011.

Como informamos anteriormente o CERBCAA/PE, decidiu em sua última reunião participar do comitê executivo estadual que está sendo liderado pelo BNB e o CERBCAA/PE está representado pelo William Jansen.

Antes da pré-conferência estadual realizaremos uma reunião do CERBCAA/PE para validação do documento a ser apresentado na pré-conferência estadual.

Saudações Caatingueiras,

Elcio Barros
Coordenador do CERBCAA/PE

sábado, 22 de outubro de 2011

O Veneno Está na Mesa - Assista ao filme completo.




Sinopse

O Brasil é o país do mundo que mais consome agrotóxicos: 5,2 litros/ano por habitante. Muitos desses herbicidas, fungicidas e pesticidas que consumimos estão proibidos em quase todo mundo pelo risco que representam à saúde pública.
O perigo é tanto para os trabalhadores, que manipulam os venenos, quanto para os cidadãos, que consumem os produtos agrícolas. Só quem lucra são as transnacionais que fabricam os agrotóxicos. A idéia do filme é mostrar à população como estamos nos alimentando mal e perigosamente, por conta de um modelo agrário perverso, baseado no agronegócio.
Silvio Tendler é um especialista em documentar a história brasileira. Já o fez a partir de João Goulart, Juscelino Kubitschek, Carlos Mariguela, Milton Santos, Glauber Rocha e outros nomes importantes. Em seu último documentário, Silvio não define nenhum personagem em particular, mas dá o alerta para uma grave questão que atualmente afeta a vida e a saúde dos brasileiros: o envenenamento a partir dos alimentos.
Em O VENENO ESTÁ NA MESA, lançado no Rio de Janeiro, o documentarista mostra que o Brasil está envenenando diariamente sua população a partir do uso abusivo de agrotóxicos nos alimentos. Em um ranking para se envergonhar, o brasileiro é o que mais consome agrotóxico em todo o mundo, sendo 5,2 litros a cada ano por habitante. As consequências, como mostra o documentário, são desastrosas.
(Fonte: Jornal BRASIL DE FATO - Aline Scarso, da Redação)

domingo, 16 de outubro de 2011

Na caatinga do Ceará vamos conhecer a Reserva Natural Serra das Almas.


A Reserva Natural Serra das Almas é uma reserva particular de patrimônio natural brasileira.
Localizada a 54km do centro do município de Crateús, a reserva têm três extensas trilhas: Arapucas (6km), Lajeiros (1,5 km) e Macacos (2 km). Todas levam à caatinga, mata que guarda mais de 350 espécies de plantas, 57 de répteis e anfíbios, 173 de aves e 38 de mamíferos.
Aberta à visitação, a reserva é administrada pela ONG Associação Caatinga, cujo maior patrocinador é a empresa americana SC Johnson, fabricante de ceras.
Uma das plantas mais comuns é a gameleira, que impressiona os visitantes por abraçar e segurar uma imensa rocha. Na metade da caminhada, uma parada para se refrescar em uma gruta. Tem, ainda, a Casa de Farinha – com mais de 100 anos, é muito usada para piqueniques.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Como criar uma Unidade de Conservação.

Clique na barra do quadro abaixo, no último ícone à direita, para visualizar tela inteira e ESC para retornar.
Conservação só no papel
SÃO PAULO - O Brasil tem atualmente 310 Unidades de Conservação (UC), que ocupam hoje 75 milhões de hectares, o equivalente a 8,5% do território nacional. Só nos últimos três anos, 6,168 milhões de hectares foram declarados como UC, dos quais 5,8 milhões estão na área da Amazônia Legal. Rômulo Mello, presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, admite que o controle dessas áreas, criadas para preservar a biodiversidade, é difícil e requer tempo de implementação.

— O tempo de assinar um decreto e o tempo de implementar uma Unidade de Conservação são muito diferentes — diz Mello, acrescentando que o ICMBio foi criado apenas em 2007 justamente com o objetivo de implantar efetivamente os diferentes modelos de conservação.

Há dois tipos de unidades. As protegidas não podem ser exploradas e devem ser usadas para ecoturismo, pesquisa e educação ambiental. Nas demais, é possível explorar a natureza, mas de forma controlada, em pequena quantidade. ê esse controle que ainda é incipiente no país, conforme demonstram os números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

— Precisamos de fiscalização mais intensa, implementar planos de manejo e promover a regularização fundiária — afirma Mello.

Nos últimos três anos, o Instituto Chico Mendes elaborou 60 planos de manejo, e outros cem estão sendo construídos, afirma ele.

De acordo com Mello, justamente por serem criadas por decreto, quando o instituto chega ao local das Unidades de Conservação constata que já há ali uma ocupação, seja por grileiros, grandes fazendeiros ou simplesmente comunidades que moram no local há anos.

A saída, acrescenta, é promover a regularização fundiária dessas áreas, o que nem sempre ocorre. Um dos exemplos de área de conflito é a Reserva Biológica do Gurupi, no Maranhão, onde uma força-tarefa de 170 pessoas, incluindo Ibama e Força Nacional, está agindo para impedir o trabalho de madeireiras ilegais.

— A reserva se sobrepõe à área indígena, e ainda há de posseiros a grandes fazendeiros. Em áreas como essa, o nível de implementação é muito difícil — diz Mello.

Ele admite problemas também na Reserva Extrativista Chico Mendes. Segundo Mello, parte da reserva foi ocupada por criadores de gado. Por isso, foi criado um grupo de trabalho, envolvendo os seringueiros, para discutir a nova ocupação.

— Não vai ser num estalar de dedos que vamos sair de um passivo ambiental elevado. Mas garanto que, para preservar, mesmo com todos os problemas, é melhor criar uma Unidade de Conservação do que não criar. Sem elas, a situação seria muito pior — afirma.
(Fonte: Da Agência Globo).

terça-feira, 11 de outubro de 2011

FNMA seleciona projetos para eficiência energética na Caatinga

Ernesto de Souza


Objetivo é a promoção do manejo florestal comunitário e familiar sustentável

por Globo Rural On-line

O Fundo Nacional de Meio Ambiente (FNMA) recebeu sete projetos no tema eficiência energética e fortalecimento do manejo florestal na Caatinga. Os projetos visam à promoção de manejo florestal comunitário e familiar para a oferta de lenha de origem sustentável, eficiência energética na produção de insumos para a construção civil e difusão de tecnologias de construção de fogões mais eficientes em unidades residenciais.
Os sete projetos passarão por etapas de habilitação e avaliação técnica. O resultado final da seleção deverá ser publicado em novembro. Os recursos destinados às ações na Caatinga são do Fundo Socioambiental da Caixa Econômica Federal, parceiro do FNMA nessa iniciativa. Serão investidos R$ 6 milhões nas três regiões em que as ações serão desenvolvidas: Baixo Jaguaribe no Ceará, Chapada do Araripe em Pernambuco, Piauí e Ceará e Mesoregião do Xingó, abrangendo os estados de Alagoas, Sergipe, Pernambuco e Bahia.
Como os pólos do gesso e da cerâmica são importantes para a economia local do Nordeste, a proposta é que a lenha utilizada nessas atividades produtivas seja manejada de forma sustentável para que não falte.
O Termo de Referência Eficiência "Energética e Uso Sustentável da Caatinga" parte da premissa que, considerando que quase a metade do bioma já foi desmatado, é fundamental tornar mais eficiente o uso da lenha e, portanto, diminuir seu consumo. Além disso, é necessário prover lenha de origem sustentável para que efetivamente este recurso seja renovável.

sábado, 8 de outubro de 2011

Escolas de Juazeiro estimulam alunos a cuidar da caatinga.


Tipo de vegetação só existe no Nordeste brasileiro. Gestos simples adotados no dia a dia podem ajudar à preservação ambiental.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

XXI Reunião do CERBCAA/PE contou com a apresentação sobre a I Conferência Regional de Desenvolvimento Sustentável do Bioma Caatinga.



 Em reunião realizada hoje na sede do IPA-Instituto Agronômico de Pernambuco, o Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga contou com a participação e apresentação sobre a Conferência Regional de Desenvolvimento Sustentável do Bioma Caatinga - A Caatinga na Rio+20, realizada pelos técnicos do Banco do Nordeste, Maria Clézia Pinto e Pedro Henrique F. Araújo.
Os técnicos explicaram que o Banco do Nordeste do Brasil, em parceria com o Instituto Nordeste XXI, irá realizar a I Conferência Regional de Desenvolvimento Sustentável do Bioma Caatinga - A Caatinga na Rio+20, nos dias 9, 10 e 11 de Novembro de 2011, na sede do Banco, em Fortaleza (CE). O evento tem como objetivos: Discutir a gestão do bioma Caatinga; Elaborar o documento intitulado "Declaração da Caatinga", que formalizará os compromissos a serem assumidos pelos governos e demais setores da sociedade para a promoção do desenvolvimento sustentável do bioma e por fim inserir, por meio da Declaração da Caatinga, as questões relacionadas ao bioma nas discussões da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - Rio+20.
Discutir o Projeto de Valorização do Bioma Caatinga, nos 17 municípios do Pajeú, foi outro tema importante da 21ª reunião do Comitê Estadual da Reserva da Caatinga (CERBCAA/PE) . Para o coordenador do CERBCAA/PE e superintendente Administrativo e financeiro do IPA, Elcio Barros, a finalidade do projeto é conscientizar a população a respeito da importância do Bioma, exclusivo do Nordeste Brasileiro, por meio da implantação de subcomitês regionais nos municípios onde o projeto atua servindo de ponte entre o comitê estadual e os municipais. Assim espera-se a proposição de ações de preservação e conservação deste ecossistema. A última etapa deste projeto será a realização de um seminário, que deverá ser realizado em um dos municípios (Afogados da Ingazeira, Serra Talhada ou Triunfo) neste mês de outubro.
Estiveram presentes a reunião, representantes da Codevasf, Sudene, ICMbio, SBPC/PE, BNB, IPA, CNBCAA, Uast/UFRPE, OCB/Âncora, EMA, APNE e Pedra do Cachorro/GDMA.

Mais informações e inscrições no site: http://www.caatinganariomais20.org.br/
(Fonte: O Nordeste.com)

A Universidade Federal Rural de Pernambuco e o Comitê Estadual celebram o Dia Nacional da Caatinga

Marcelo, Suassuna, Rita, Ednilza e Márcio (CERBCAA/PE) João Suassuna (Fundaj) Márcia Vanusa (UFPE) Francis Lacerda (IPA) e Jo...